"Fiquei sabendo que ela foi esbanjar sua sabedoria em São Paulo"
Em nossa primeira aula de Física Aplicada com o professor Dênis, que também tinha nos ensinado no semestre anterior, o assunto da vez foi Cibele.
Ela tinha desistido do curso e o professor de Física notou a ausência dela. Explicamos a ele que segundo informações de uma de suas amigas ela tinha ido fazer medicina em São Paulo. "Que Deus proteja os futuros pacientes dessa criatura", o professor riu.
Cibele é o tipo de pessoa que você só acredita que existe, conhecendo pessoalmente. Ninguém da turma de Ambiental ou Civil acreditava na existência dela. Mas mesmo assim ela nos deixou saudades, pois sua presença na sala era garantia de boas risadas.
Se não tínhamos Cibele, por outro lado tínhamos o nosso novo professor de Cálculo. Eu e Angelica, que também era da turma de Produção, corrigíamos o professor Rogério a todo segundo. Era incrível como aquele cara se atrapalhava todo no quadro, principalmente quando o pessoal começava a fazer muitas perguntas. Era de perder a paciência. Não bastasse, ele sempre resolvia os problemas pelo modo mais complicado, causando a maior confusão, já que ninguém de Ambiental e Civil conseguia entender. Sobrava para mim e Angelica, que sempre sugeríamos ao professor outros métodos mais fáceis e ele nos respondia: "É verdade, assim é melhor!". E lá ía ele apagar tudo que já estava feito para começar de novo!
E foi assim que as coisas funcionaram o semestre inteiro.
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