"Ah bom, agora aprendi. E como é que faz esse enroladinho?"
Você encontrará todo o tipo de pessoa quando entrar numa faculdade/universidade. Na minha sala todos eram normais. Menos uma garota. O nome dela era Cibele e veio lá do Pará para estudar aqui na Bahia.
O mal das faculdades particulares (e que as pessoas reclamam com razão, muita razão) é que entra todo tipo de pessoa sem nenhum preparo. Podem até não se formar, uma vez que essas pessoas sempre acabam desistindo no meio do curso, mas entram! E com isso a faculdade consegue lucrar (pelo menos por alguns semestres) com a mensalidade desses alunos que não deveriam nem terem sidos aprovados no vestibular.
Cibele era burra feito uma porta (e ainda deve ser, já que não morreu) e não saberia fazer um O com um copo, mesmo depois de alguém explicar a ela como é que faz.
Uma vez durante uma aula de Cálculo ela perguntou a nós como fazia o símbolo do infinito (∞). Nota: O símbolo estava desenhado no quadro e mesmo se fosse a primeira vez que ela tivesse visto aquilo na vida dela era só reproduzir o desenho do professor. Tivemos que ensinar como se fazia: "É simples Cibele. Deite o caderno, desenhe um oito e depois vire o caderno novamente". Mas ainda assim ela teve dificuldades em fazer o desenho.
Em outra aula, agora de física, com o professor Dênis, ela perguntou como é que fazia "aquele enroladinho" se referindo ao desenho de uma mola. João Paulo não resistiu e respondeu: "O enroladinho faz com pão e presunto".
Por último, em um seminário realizado pelo meu grupo, do qual Cibele fazia parte e cujo tema era "Meios de Comunicação" ela me veio com a seguinte pérola: "Vocês sabiam que a primeira televisão pesava mais de 1 tonelada?". O professor ainda questionou: "1 tonelada? Tem certeza?". Mas Cibele estava certíssima disto! Foi realmente difícil prender o riso, ainda mais com toda a sala querendo rir!
Antes de fazer engenharia, Cibele já tinha feito direito e desistido. E eu estava rezando para ela desistir da engenharia também!
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