A engenharia, é uma ciência bastante abrangente que é muitas vezes
subdividida em diferentes ramos ou especialidades. Cada uma destas
especialidades preocupa-se com um determinado tipo de tecnologia ou com um
determinado campo de aplicação. Apesar de inicialmente um engenheiro se formar
normalmente numa especialidade específica, ao longo da sua carreira na maioria
dos casos, irá tornar-se polivalente, penetrando com o seu trabalho em
diferentes áreas da engenharia.
Historicamente, existiam a engenharia militar e a engenharia naval. A
partir da engenharia militar começou por desenvolver-se o ramo da engenharia
civil. Posteriormente, a engenharia civil (em sentido lato) subdividiu-se em
cinco especialidades tradicionais:
- Engenharia civil (em sentido restrito) - vocacionada para o projeto e construção de obras públicas e particulares, como infraestruturas, estradas, pontes e edifícios;
- Engenharia mecânica - vocacionada para o projeto de sistemas mecânicos, como máquinas e veículos;
- Engenharia elétrica - vocacionada para o projeto e o estudo de sistemas de produção e de aplicação da eletricidade, como geradores, motores elétricos e telecomunicações;
- Engenharia química - vocacionada para a execução de processos químicos industriais em larga escala, bem como para desenvolver novos materiais e produtos químicos;
- Engenharia de minas - vocacionada para o estudo e o desenvolvimento de processos de extração e de processamento de minerais.
Paralelamente, algumas das ciências agrárias aproximaram-se da engenharia e
acabaram por nela se integrar, originando especialidades como:
- Engenharia agronómica - vocacionada para a concepção e exploração de processos agropecuários;
- Engenharia florestal - vocacionada para a exploração das florestas e para a produção de produtos florestais;
- Engenharia zootécnica - vocacionada para o desenvolvimento das pecuária.
Com o surgimento das engenharias relacionadas com a agricultura, surge a
dicotomia entre estas e a engenharia industrial que agrupa as especialidades
tradicionais da engenharia civil, mecânica, elétrica, química e de minas. A
engenharia industrial irá contudo deixar de ser um agrupamento de especialidades
e tornar-se ela própria numa especialidade da engenharia, vocacionada para o
aperfeiçoamento de processos e da gestão industrial através da integração dos
fatores tecnológicos, humanos e económicos.
Posteriormente, com o rápido avanço da tecnologia, foram-se desenvolvendo e
ganhando proeminência diversos novos campos da engenharia, como o dos
materiais, produção, aeronáutica, computação, informática, eletromecânica,
mecatrónica, robótica, nanotecnologia, nuclear, molecular, ambiente, alimentar
e muitos outros. Alguns dos novos campos da engenharia resultam da subdivisão
de especialidades tradicionais ou, pelo contrário, da combinação de diferentes
especialidades.
O prestígio da engenharia fez com que áreas fora dela também a ela se
quisessem associar. Surgiram assim campos exteriores ao que convencionalmente é
considerado engenharia, mas também referidos como tal, sendo alguns exemplos a
"engenharia jurídica", a "engenharia financeira" ou a
"engenharia comercial".
Quando uma nova área da engenharia emerge, normalmente é inicialmente
definida como uma sub-especialidade ou como uma derivação de especialidades já
existentes. Frequentemente, existe um período de transição entre o aparecimento
do novo campo e o crescimento do mesmo até ter uma dimensão ou proeminência
suficientes para poder ser classificado como nova especialidade da engenharia.
Um indicador chave para essa emergência é o número de cursos criados nessa
especialidade nas principais instituições de ensino superior.
Existe uma considerável sobreposição de matérias
comuns a todas as especialidades da engenharia. Quase todas elas, por exemplo,
fazem grande aplicação da matemática, da física e da química.
Fonte: Wikipedia