Somos como peças de uma engrenagem, rodas dentadas encaixando umas nas outras com precisão milimétrica. Cada uma tem um papel a cumprir para garantir o funcionamento da máquina, sem quebras de ritmo ou deficiências de resultado final.
O que nos distingue dos outros materiais, do metal, da madeira, é a capacidade que temos de adaptar o nosso desempenho, de cada vez que detectamos uma falha no processo de sobrevivência. Moldamos a parte que destoa, a aresta que arranha, o rombo no contorno. E, assim, como se de plasticina fossemos compostos, adequamos de novo a forma ao efeito pretendido.
Tenho vezes em que gostava que fôssemos eremitas no topo da montanha. Vivendo em comunidade com o vento e a folhagem, as formigas e a água da nascente.
Apenas nós e os deuses.
Vi no: Charquinho
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